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Vitória entra no circuito brasileiro de criação de abelhas sem ferrão e produção de mel nas grandes cidades

Primeiro Centro Municipal de Meliponicultura da capital do Espírito Santo está localizado em um parque urbano. Essa espécie de abelha produz mel com muita ri...

Vitória entra no circuito brasileiro de criação de abelhas sem ferrão e produção de mel nas grandes cidades
Vitória entra no circuito brasileiro de criação de abelhas sem ferrão e produção de mel nas grandes cidades (Foto: Reprodução)

Primeiro Centro Municipal de Meliponicultura da capital do Espírito Santo está localizado em um parque urbano. Essa espécie de abelha produz mel com muita riqueza floral, segundo especialista. Capital entra no circuito brasileiro de criação de abelhas sem-ferrão e produção de mel Também conhecida como "Ilha do Mel", Vitória ganhou um motivo a mais para fazer jus a esse apelido carinhoso. É que a capital capixaba agora conta com o primeiro Centro Municipal de Meliponicultura. A iniciativa coloca a cidade no segmento apícula estadual e brasileiro com a criação racional de abelhas-sem-ferrão e mel no meio de grandes cidades. 📲 Participe do canal do g1 ES no WhatsApp para receber nossas notícias Meliponicultura é a criação racional de abelhas sem ferrão, diferentemente da apicultura, que se refere à criação de abelhas da espécie Apis mellifera (abelha-europeia, abelha africanizada). Nesse modelo de criação, as colmeias podem ser organizadas em meliponários, locais com condições adequadas de temperatura, orientação solar, umidade, oferta de alimento (flores e resinas). O projeto fica instalado no Parque Urbano Barão de Monjardim, no bairro Santa Cecília. A bióloga Camilla Zanotti Gallon, que faz parte da Associação de Meliponicultores, explicou as abelhas sem ferrão têm outros mecanismos de defesas, mas também produzem mel de qualidade. "Elas modiscam, lançam resinas... Essas abelhas produzem um mel com uma riqueza floral muito destacada. A gente consegue ver perceber essa variedade na diferentes tonalidades da coloração do mel. Isso acontece porque são abelhas de espécies diferentes, floradas diferentes, que vai dar um toque gastronômico para o paladar de quem consome esse mel", destacou. O Centro de Meliponicultura faz parte do projeto intitulado Ilha do Mel, uma parceria entre a prefeitura e a Associação de Meliponicultores do Estado do Espírito Santo (AME-ES). LEIA TAMBÉM: Biólogo descobre rede nacional de tráfico de abelhas com valores que chegam a R$ 5 mil Como criar abelhas-sem-ferrão Estado tem quase 40 espécies nativas de abelhas Abelha sem ferrão uruçu-negra se restringe às formações florestais situadas na região serrana do estado do Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta De acordo com a Associação de Meliponicultura do estado, entre as espécies já identificadas no Espírito Santo, destaca-se a "Melipona capixaba", também conhecida como uruçu-preto ou uruçu-capixaba. Esta espécie de abelha se restringe às formações florestais situadas na Região Serrana do estado, em altitudes que variam de 800 a 1.200 metros. Ocorre nos seguintes municípios: Afonso Cláudio Alfredo Chaves Castelo Conceição do Castelo Domingos Martins Marechal Floriano Santa Maria de Jetibá Santa Teresa Vargem Alta Venda Nova do Imigrante Além da uruçu, a bióloga Camilla explicou que outras espécies já foram catalogadas em território capixaba. "A gente já tem 39 espécies catalogadas e identificadas. São espécies nativas do estado", finalizou. LEIA TAMBÉM: Por que o mel é um superalimento para as abelhas Você sabe identificar se o mel é verdadeiro? Veja dicas Formação sobre manejo e produção de mel O local onde funciona o centro é um espaço destinado às atividades de conscientização e de educação ambiental junto à comunidade local e também para escolas, e busca fomentar a preservação da biodiversidade. Centro de Meliponicultura foi inaugurado em Vitória, capital do Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Vitória, Tarcísio Foeger, a partir do mês de julho, o Centro passou a oferecer capacitação para pessoas interessadas em aprender um pouco mais sobre o manejo de abelhas-sem-ferrão. Foeger destacou ainda que a meliponicultura é capaz de gerar produtos e riquezas, além de promover o aumento da atividade apícola, ao mesmo passo em que mantém a biodiversidade nacional. "Isso ocorre devido à capacidade que as abelhas nativas têm de polinização, que permite o aumento da disponibilidade de frutos e sementes e a manutenção de ecossistemas", explicou o secretário. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo